1. Benefícios no curto prazo, evolução no longo prazo
A visão ambidestra é foco aqui.
A construção de um futuro mais seguro para a sociedade digital requer uma visão de longo prazo. Simultaneamente, é importante implementar ações que gerem benefícios tangíveis para os cidadãos e para o Estado no curto prazo.
Veja este exemplo: Ainda em 2020, a Valid e o Detran do Ceará desenvolveram um chatbot para resolver, rapidamente, uma demanda que ficou reprimida por causa do isolamento decorrente da pandemia de Covid-19.
O chatbot é um robô virtual que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. O serviço emite, de forma automática, o CRLV-e e boletos de licenciamentos, além de tirar outras dúvidas do cidadão. A solução melhorou a experiência e tornou o fluxo de solicitações mais ágil e conveniente. O benefício foi rapidamente percebido.
O próximo passo rumo a digitalização é a implementação de sistemas interoperáveis de dados entre o Detran e a Pefoce. Em outras palavras, isso significa que será possível a troca rápida e segura de dados de um órgão para o outro, o que garante mais agilidade nas investigações e aumenta a segurança dos cidadãos.
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2. Aprendizagem contínua: conhecimento especializado potencializa o Governo Digital
Um dado interessante chamou a atenção: apenas 20% dos participantes da conferência tinham formação acadêmica diretamente relacionada ao Governo Digital, como informática ou programação. Os outros 80% eram autodidatas no tema.
Capacitar servidores públicos em tecnologias digitais é vital para uso eficaz, aprendizagem e resolução de problemas. Alar Karis, presidente da Estônia, destacou essa perspectiva ao afirmar que a maior qualidade que a educação pode nos proporcionar é a habilidade e a motivação para aprender continuamente.
Investir em educação é imprescindível para o sucesso na era da IA e big data, preparando futuras gerações para rápidas transformações tecnológicas e sociais.
3. Serviços centrados no usuário evitam gastos desnecessários
Lou Downe, fundadora da School Of Good Services, destacou em sua apresentação que existem aspectos essenciais que todos os serviços devem oferecer:
- ser fácil de encontrar;
- ser fácil de usar mesmo para quem não é especialista;
- ter um fluxo que permita a jornada do início ao fim sem interrupções.
Estes princípios são fundamentais para criar serviços centrados no usuário. Eles evitam desperdícios financeiros, potencializam a eficiência do Governo e transformam a percepção do cidadão acerca do serviço público.
4. Serviços públicos digitais são essenciais para o exercício da cidadania
A digitalização do acesso a serviços básicos, como os de saúde, educação ou segurança, é um dos passos para torná-los mais acessíveis e eficientes. Isso permite que mais pessoas possam usufruir desses direitos sem barreiras geográficas ou burocráticas.
Contudo, ainda temos muito caminho pela frente quando olhamos a realidade do Brasil. Quando percebemos que menos de um terço da população brasileira tem acesso pleno à internet, cerca de 12 milhões de brasileiros ainda se encontram na faixa da extrema pobreza e a falta de registro civil ainda impacta 3 milhões de pessoas, fica claro que a digitalização deve ser inclusiva.
Para isso, a criação de soluções acessíveis e adaptáveis que atendam às necessidades de quem mais depende dos serviços públicos.
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5. Interoperabilidade no centro de tudo
Nosso CEO, Ilson Bressan, subiu ao palco principal ao lado do CEO da Cybernetica, Oliver Väärtnõu, para compartilhar mais sobre os avanços da interoperabilidade no Brasil.
A dupla defendeu que a integração de diferentes bases de dados melhora a eficiência dos serviços e facilita a criação de uma infraestrutura digital robusta para um país.
Um dos pontos centrais discutidos foi a importância de uma infraestrutura nacional de dados conectada à CIN (Carteira de Identidade Nacional). Essa conexão pode revolucionar a gestão e o acesso aos dados.
A Infraestrutura Nacional de Dados (IND) é um projeto estratégico do Governo Federal que visa organizar, padronizar e democratizar o acesso à informação pública no Brasil.
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6. O princípio da confiança e a governança de dados no Governo Digital
O futuro da transformação digital depende de como os dados dos cidadãos serão geridos, tratados e analisados.
E aqui, não falamos apenas de recursos tecnológicos. Uma boa governança de dados contempla:
- Ter regulamentações adequadas
- Organizações robustas para lidar com dados
- Participação da população;
Não por acaso, o primeiro eixo estratégico da Infraestrutura Nacional de Dados do Brasil é a Governança de Dados. Isso porque é preciso gerar conhecimento, insights, políticas públicas, incentivos e melhorias para a população a partir da análise destes dados.
7. A transformação digital não é one size fits all. Parcerias público-privadas agilizam processos personalizados.
Cada contexto exige uma solução específica, considerando os aspectos sociais e econômicos de cada região.
Por isso, em um país continental como o Brasil, os Estados são decisivos para a digitalização. Conhecendo bem suas populações, podem propor soluções que atendam diretamente às necessidades específicas dos cidadãos.
As parcerias público-privadas são estratégicas, pois permitem a co-criação de soluções específicas que atendam à realidade de cada região. No palco principal da conferência, Ilson Bressan destacou este ponto mencionando a parceria entre a Cybernetica e a Valid no Estado do Ceará.
Enquanto a Cybernetica traz uma experiência global em interoperabilidade, a Valid fornece conhecimento local e o Estado do Ceará pauta as demandas de acordo com as necessidades do cidadão.
8. Identidade Digital é ponto de partida
A identidade digital é componente fundamental para a transformação digital dos serviços públicos, garantindo que os cidadãos possam acessar e integrar serviços digitais de forma segura e eficiente.
A conferência apresentou avanços em duas nações que se destacaram nos últimos anos:
- Em janeiro do ano passado, o Quênia tinha 397 serviços governamentais online. Em apenas seis meses, esse número aumentou para 5.087.
- Em 2015, apenas 6% da população chilena tinha um código de ID digital. Devido à pandemia, esse número saltou para 90%, destacando a rápida digitalização impulsionada por uma necessidade emergencial.
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Valid impulsiona o Governo Digital no Brasil
Pelo segundo ano consecutivo, a Valid participou do eGov Conference. Este ano, no entanto, foi especial. Subimos ao palco principal para compartilhar os benefícios da interoperabilidade implementados no Estado do Ceará, um dos nossos casos de sucesso em Governo Digital.
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