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Os três componentes-chave de Governo Digital

Através do e-Gov, os governos de todo o mundo estão buscando modernizar e melhorar a prestação de serviços às pessoas, trazendo a interação entre governo e cidadãos para a era digital. Neste contexto, alguns componentes tecnológicos emergem como essenciais para impulsionar essa transformação: Identidade Digital e Segura, Interoperabilidade e Serviços Digitais.

 

A ID Digital fornece uma identidade segura no ambiente digital, a Interoperabilidade, um sistema de intercâmbio de dados descentralizado, proporciona um meio de compartilhamento de dados eficiente e transparente entre diversas entidades, públicas e privadas. Agindo como um middleware, a Interoperabilidade conecta diferentes bancos de dados e aplicações, promovendo uma maior colaboração e compartilhamento de informações.

 

Ao longo deste artigo, analisaremos detalhadamente cada um desses componentes, discutindo seus benefícios, desafios e exemplos de implementação bem-sucedida, além de explorar questões de legislação e privacidade. À medida que avançamos rumo a um futuro cada vez mais digital, entender essas tecnologias e os impactos que elas têm sobre o Governo Digital se torna cada vez mais importante. Vamos começar nossa jornada de exploração.

O Poder da Identidade Digital (ID) no e-Gov

A Identidade Digital (ID) refere-se a uma identidade segura e verificável que um indivíduo possui no ambiente digital. Esta identidade é fundamental para o Governo Digital por diversas razões. No coração do e-Gov, está a entrada no sistema para a interação e acesso de serviços governamentais. Quanto mais segura, eficiente e transparente for a entrada de cada indivíduo, mais seguro, eficiente e transparente será todo o sistema. A ID Digital facilita toda a interação, garantindo que cada cidadão tenha uma identidade pessoal, autenticável, verificável e intransferível no mundo digital, o que é  fundamental para a implementação bem-sucedida do e-Gov.

Para isso, a ID Digital deve ter algumas características:

1) Autenticar o Indivíduo: a ID Digital deve garantir que eu sou seu, que este é o meu equipamento, que o sistema reconhece o que estou tentando fazer e que esta ação está autorizada a acontecer.

2) Multi biométrica: a ID Digital deve ser capaz de realizar a verificação biométrica de múltiplas fontes: facial, digital, íris, voz e outras possibilidades biométricas que surjam ao longo do tempo.

3) Física, digital ou figital: a ID Digital, apesar do nome, pode e deve ter múltiplos formatos, principalmente em países como o Brasil, que enfrenta desafios de inclusão digital. Deixar o cidadão livre para usar a forma mais conveniente de acessar os serviços públicos é uma matriz importante para o Governo Digital.

4) Base de dados biométricos ancorado ao Estado: segundo a legislação brasileira, a responsabilidade pela coleta biométrica e emissão de documentação oficial é  dos Estados e Unidades da Federação. A ID Digital deve estar  ancorada nestes dados,  em muitos casos, geridos pelas Secretarias de Segurança Pública.

Essas são as diretrizes usadas pela Valid, a maior emissora de documentos oficial do Brasil, líder em CNH e RG, responsável pelo aplicativo do RG Digital em muitos dos Estados do país.

Uma vez garantidas essas condições, a ID Digital é capaz de permitir o acesso a serviços  centrados no cidadão (“Citizen-centric”), promovendo a inclusão digital.

Entretanto, os desafios associados à implementação da ID Digital não devem ser negligenciados. Entre estes, destaca-se a necessidade de garantir a interoperabilidade dos sistemas, ou seja, a capacidade de diferentes sistemas de TI se comunicarem e trocarem dados. Este desafio implica a criação de uma base comum de acesso a dados em nuvem, garantindo que cada instituição acesse apenas o que precisa, de forma escalável e invisível aos olhos do cidadão.

Globalmente, existem vários exemplos de implementação bem-sucedida do ID Digital. A Estônia é frequentemente citada como uma das nações líderes em e-Gov e utiliza uma ID Digital e Segura como base para a interação dos cidadãos com o governo.

No âmbito da legislação atual, a ID Digital é extremamente relevante, pois impacta diretamente o processo governamental. Sua adoção exige a formulação de leis que regulamentem a implementação e uso, bem como leis que protejam a privacidade do usuário e a segurança dos dados.

Por fim, é importante abordar as questões de privacidade do usuário e segurança dos dados no ID Digital. A adoção exige garantir a propriedade dos dados pelo indivíduo e a possibilidade futura de monetização, ao mesmo tempo em que se mantém altos padrões de segurança para proteger os dados dos cidadãos contra acessos não autorizados. Para enfrentar essas questões, é necessário a implementação de medidas robustas de proteção de dados, juntamente com uma legislação sólida que salvaguarde os direitos dos cidadãos no mundo digital. Por isso, é tão importante que o gestor público responsável pelo Governo Digital escolha um parceiro com robustez, experiência e governança adequadas para a implementação de cada uma dessas tecnologias.

Em resumo, a ID Digital é o elemento-chave no e-Gov, trazendo benefícios significativos, mas também desafios importantes. Enfrentar esses desafios de maneira eficaz para garantir a implementação bem-sucedida do Governo Digital e maximizar os benefícios que a ID Digital pode oferecer são ações constantes que devem ser seguidas.

Interoperabilidade – O Sistema de Intercâmbio de Dados que Transforma o Governo Digital

A interoperabilidade é o sistema de intercâmbio de dados descentralizado e distribuído que permite a várias entidades, tanto públicas quanto privadas, compartilhar dados de forma segura e eficiente. O sistema opera como um middleware, fazendo a ponte entre diferentes bancos de dados e aplicações, sem requerer uma centralização dos dados.

É a interoperabilidade que promove uma maior eficiência e transparência no Governo Digital ao melhorar o acesso e o compartilhamento  dos dados entre diferentes entidades e plataformas. Ao invés de ter cada entidade operando seus próprios sistemas de dados de maneira isolada, a Interoperabilidade facilita a troca de informações, permitindo uma melhor colaboração entre diferentes setores do governo e também com o setor privado.

Do ponto de vista da legislação, a Interoperabilidade precisa se enquadrar nas leis de proteção de dados e privacidade do país onde está sendo implementado. Isso implica garantir que o sistema esteja em conformidade com a legislação, como, por exemplo, o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) na União Europeia e a LGPD no Brasil.

Quanto à segurança, a Interoperabilidade enfrenta desafios similares a outros sistemas de TI, como a proteção contra acessos não autorizados e ataques cibernéticos. Para mitigar esses riscos, a Interoperabilidade deve  se valer de uma variedade de medidas de segurança, como a criptografia de dados em trânsito e em repouso, a autenticação de usuários e o monitoramento constante das atividades na rede.

Existem vários exemplos de implementações bem-sucedidas da Interoperabilidade  em todo o mundo. A Estônia, por exemplo, utiliza o X-Road, um software de código aberto, como a espinha dorsal de seu sistema de Governo Digital, permitindo a todos os setores do  poder público e muitas empresas privadas compartilhar dados de forma segura e eficiente. Outro exemplo é a Finlândia, que implementou o X-Road para facilitar a troca de informações entre seus próprios sistemas governamentais e também com outros países nórdicos. O X-Road é também a inspiração e o ponto de partida de muitas das implementações que a Valid tem liderado em alguns dos Estados brasileiros.

Em resumo, a Interoperabilidade é uma ferramenta poderosa que pode transformar o e-Gov, promovendo maior eficiência, transparência e colaboração. No entanto, como qualquer sistema de TI, é essencial garantir sua segurança e conformidade legal para alcançar o sucesso a longo prazo.

Serviços Digitais – A Condução do Governo Digital para o Futuro

Os serviços digitais, no contexto do e-Gov, são a maneira mais eficiente de aproximar o poder público das pessoas e referem-se a serviços governamentais que são disponibilizados e acessíveis por meio de plataformas . Estes serviços incluem uma ampla variedade de funções, desde a abertura de empresas,o pagamento de impostos e a inscrição em programas sociais até a solicitação de licenças e a obtenção de documentos oficiais.

A importância dos serviços digitais no e-Gov é imensa, pois eles representam a principal forma pela qual os cidadãos interagem com o governo na era digital. A transição para serviços digitais permite uma interação mais eficiente e conveniente entre o governo e os cidadãos, minimizando a necessidade de interações presenciais e reduzindo a burocracia.

A implementação de serviços digitais traz vários benefícios, incluindo maior eficiência operacional, economia de custos, melhor acesso aos serviços para os cidadãos e maior transparência. No entanto, também existem desafios, como a necessidade de garantir a segurança e a privacidade dos dados, garantir a inclusão digital de todos os cidadãos e manter os sistemas atualizados e resistentes a falhas ou ataques.

Existem muitos exemplos de serviços digitais bem implementados em todo o mundo. Em Singapura, por exemplo, o portal SingPass permite aos cidadãos acessar mais de 200 serviços governamentais digitais, desde saúde e educação até impostos e habitação, através de um único login. Essa implementação não só facilitou o acesso dos cidadãos aos serviços, mas também exigiu a formulação de leis e regulamentos para governar o uso e a segurança desses serviços digitais.

A privacidade e a segurança dos dados são questões fundamentais em serviços digitais. Para manter a confiança do público, o poder público deve garantir que as informações pessoais dos cidadãos sejam armazenadas e transmitidas de forma segura, e que sejam implementadas medidas robustas de segurança, como criptografia e autenticação de dois fatores. Também é essencial que os cidadãos tenham controle sobre seus próprios dados e que exista transparência sobre como esses dados são usados.

Em conclusão, os serviços digitais são uma peça fundamental do futuro do e-Gov, oferecendo uma maneira mais eficiente e acessível de fornecer serviços governamentais. No entanto, para garantir o sucesso a longo prazo, é necessário abordar os desafios da segurança e privacidade dos dados, além de garantir a inclusão digital de todos os cidadãos.

Em Direção à Digitalização Completa: A Inevitável Transformação do Governo Digital

Ao longo deste artigo, exploramos três componentes-chave que estão transformando o Governo Digital: a Identidade Digital e Segura, a Interoperabilidade e os Serviços Digitais.

A Identidade Digital fornece um meio seguro e eficiente de autenticar e autorizar cidadãos na era digital, facilitando o acesso a uma ampla gama de serviços governamentais e privados. A Interoperabilidade, por outro lado, funciona como uma ponte para o compartilhamento de dados, permitindo uma troca de informações eficiente e segura entre diversas entidades. Por fim, os Serviços Digitais representam a face visível do e-Gov para o cidadão, permitindo o acesso a serviços governamentais de maneira rápida, conveniente e transparente.

É crucial ressaltar a importância da legislação e dos processos governamentais na implementação dessas tecnologias. Leis sólidas são necessárias para regulamentar o uso da tecnologia e proteger os direitos dos cidadãos, incluindo a privacidade e a segurança dos dados. Os processos governamentais devem ser ajustados para capitalizar os benefícios dessas mudanças, minimizando a burocracia e promovendo uma maior eficiência e transparência.

Olhando para o futuro, é provável que vejamos uma evolução contínua da tecnologia. A Identidade Digital e Segura pode se tornar cada vez mais sofisticada, incorporando novas formas de autenticação biométrica e talvez até mesmo recursos de inteligência artificial. A Interoperabilidade pode expandir suas capacidades para facilitar a troca de dados em larga escala entre diferentes jurisdições, enquanto os Serviços Digitais podem se tornar ainda mais integrados e centrados no usuário, oferecendo uma experiência de “one-stop-shop” para o cidadão.

Essas evoluções têm o potencial de transformar ainda mais o Governo Digital, tornando-o ainda mais eficiente, acessível e centrado no cidadão. No entanto, à medida que avançamos neste futuro digital, devemos nos esforçar para garantir que as mudanças sejam implementadas de forma a respeitar os direitos e a privacidade dos cidadãos, promover a inclusão digital e melhorar a qualidade dos serviços governamentais. A Valid acredita que o futuro do e-Gov é brilhante, e essas tecnologias são a pedra angular para um futuro mais eficiente e inclusivo.

Confira como a Valid pode ser um parceiro estratégico na implementação de soluções de Governo Digital na sua gestão.

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